Nasceu em 1 de Setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo, em Capivari, interior de São Paulo, de lar fisiocrata, patriarcal, autoritário e legítimo representante da potente oligarquia cafeeira paulista – já herdeira de apreciável fortuna e diversas fazendas, nas quais Tarsila passou a infância e adolescência, foi-lhe ensinado a ler, escrever, bordar e falar francês.
Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista brasileira, uma das artistas centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas.
Juntamente com Candido Portinari, Di Cavalcanti, José Pancetti e alguns outros pintores, Tarsila; dona de referência bibliográfica invejável, faz parte da própria história da arte moderna brasileira.
A ‘Caipirinha’ vestida por Jean Patou e (Paul) Poiret, viveu a prodigiosa efervescência e a desvairança dos anos ’20 no Brasil e na França, e deles tirou grande proveito.
Estudou com William Zadig, Mantovani, Pedro Alexandrino e Georg Elpons, no Brasil; em Paris, com Emile Renard na “Académie Julian”, André Lhote, Albert Gleizes e Fernand Léger, o qual exercerá grande influência, em virtude da poética seguida por ambos os artistas incorporarem em suas obras, a dinâmica das transformações industriais na França e no Brasil com suas particulares especificidades.
Relacionou-se com Pablo Picasso cuja obra não a influenciou, viu de perto a produção dos dadaístas e futuristas, pôs-se em contato com Blaise Cendrars, Ambroise Vollard, Eric Satie, Léonce Rosenberg Jean Cocteau, Jules Supervielle, Jules Romains, Arthur Rubinstein, Maurice Raynal, Paul Morand, Frederic Brancusi e muitos outros.
Seus tons, de intensidade e força absurdas, são reminiscências de infância da pintora nascida em Capivari, interior de São Paulo. Desde então, Tarsila adota de forma quase que rebelde e contestadora, cada colorido excessivo para, assim, melhor representar um país-aquarela.