Siron Franco (1947) é um pintor, escultor e ilustrador brasileiro. Suas obras estão expostas nos mais importantes museus do Brasil, como o MASP de São Paulo e o MON de Curitiba.
Gesseron Alves Franco (1947), conhecido como Siron Franco, nasceu em Goiás Velho, Goiás, no dia 26 de julho de 1947. Em 1950, sua família se muda para Goiânia. Em 1960 Siron inicia o estudo de pintura com D.J. Oliveira e Cleber Gouvêa. A partir de 1962 se dedica ao desenho e recebe suas primeiras encomendas como desenhista gráfico. Em 1967 começa a ser contratado para fazer seus primeiros trabalhos como retratista.
Em 1967 realizou sua primeira exposição individual de desenhos no Hotel Bandeirantes. Em 1968 expôs três obras na Segunda Bienal da Bahia: “Cavalo de Tróia”, “Fim de Todos” e “Morte aos Primogênitos”. Em 1969 realizou sua segunda exposição individual na Fundação Cultural de Brasília. Em 1970 mudou-se para São Paulo, onde frequentou o ateliê de Bernardo Cid e Wakter Levy, integrando o grupo que organizou a exposição “Surrealismo e Arte Fantástica”, na galeria Seta.
Em 1971, Siron Franco retorna para Goiânia. Nesse mesmo ano, faz uma exposição individual no Rio de Janeiro. Em 1972, realizou uma individual na Galeria Porta do Sol, em Brasília. Foi convidado a participar do Primeiro Salão Global Primavera, em Brasília, quando é premiado com uma viagem para o México. Em 1973 suas obras são expostas na 12ª Bienal de São Paulo, quando foi premiado como o Melhor Pintor do Ano.
Em 1975, as telas “A Rainha”, “O Espelho” e “O Limite” foram expostas no 24º Salão de Arte Moderna no Rio de Janeiro. A tela “A Rainha” rendeu-lhe o Prêmio de Viagem. Nesse mesmo ano, representou o Brasil na 13ª Bienal Internacional de São Paulo, onde recebeu o Prêmio Internacional da Fundação. Em 1976, viajou para a Europa, voltando ao Brasil diversas vezes para compromissos profissionais. Em 1980 ganhou o “Prêmio de Melhor Poeta do Ano”.
Em outubro de 1987, estava em São Paulo para a abertura da Bienal quando ocorreu o desastre da contaminação nuclear em Goiânia, cidade onde mora, pelo rompimento de uma cápsula de césio-137 abandonada nas ruínas de um hospital da cidade. Conhecido pelo empenho com que defende as causas ecológicas, imediatamente organizou o Comitê Amigos de Goiânia. Nessa época, pintou e desenhou diversas obras para expressar o seu horror pela situação da cidade e de seus habitantes.
No dia 3 de novembro a série “Césio” foi exposta na Galeria Montesanti, em São Paulo, entre as telas destacam-se: “A Marreta e o Césio”, “Primeira Paisagem”, “Porco Contaminado I”, “Noturno”, “Cão Sheik”, “Leide” e “Terra da Rua 57”. Conhecido por suas cores fortes e texturas elaboradas, Sirom passou a usar na nova série a própria terra da cidade como material da pintura. Em todas elas, a constante é a cor prata, usada para indicar o césio-137.
Entre 1992 e 1997, Siron Franco ilustrou diversos livros, como “O Desafio do Branco”, de Antônio Carlos Osório, “O Forasteiro”, de Walmir Ayala, e “Contos que Valem uma Fábula: História de Animais Animados”, de Katia Canton.
Siron Franco, que teve sua obra representada em inúmeras coletivas em todo o mundo, foi um dos artistas brasileiros mais premiados em salões e bienais. Em 2015, participou da exposição coletiva “Onde Anda a Onda”, no Museu Nacional de Brasília. Em 2016, realizou uma mostra na Galeria da Villa, em Gramado, no Rio Grande do Sul, onde ele apresentou 36 pinturas sobre papel produzidas nos últimos 20 anos.
Fonte: https://www.ebiografia.com/siron_franco/