JOHANN MORITZ RUGENDAS (1802, Augsburgo, Alemanha – 1858, Weilheim, Alemanha)
Primeiros estudos de arte com o pai, pintor, gravador e professor na escola de desenho de Augsburgo, na Baviera (seu pai chegaria a diretor dessa escola). Ingressou na Academia de Belas Artes de Munique em 1817, tendo sido aluno de Albrecht Adam e Lorenz von Quaglio. A convite do Barão Georg Heinrich von Langsdorff, cientista e diplomata russo, integrou missão científica ao Brasil. Aqui chegando, cedo desligou-se da expedição, prosseguindo viagem pelo interior brasileiro, que documentou como desenhista. De volta à Europa, em Paris selecionou uma centena desses desenhos para o livro que publicou com o título de Voyage pittoresque au Brésil (cujo texto, que hoje lhe é atribuído, é de autoria de Huber, informação levantada por Boris N. Komissarov em pesquisa publicada em 1988, na qual tece comentários sobre a tradução de Sergio Milliet, de 1940, que ignora o fato). Voltou mais tarde à América Latina, com passagens pelo México, Chile, Argentina, Peru, Bolívia, Uruguai e novamente (1847) pelo Brasil, onde permaneceu mais dois anos, participando assiduamente das Exposições Gerais da Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Dessa segunda estada em terras brasileiras, resultaram milhares de trabalhos, entre óleos, aquarelas e retratos (consta que só o governo prussiano adquiriu mais de três mil obras suas). No Rio, o Museu da Imagem e do Som realizou, em 1969, a Exposição Rugendas. Em 2002, o Memorial da América Latina, em São Paulo, expôs as obras que Rugendas pintou no México.