LYGIA CLARK (1920, Belo Horizonte, MG – 1988, Rio de Janeiro, RJ)
Em 1947, estudou no Rio de Janeiro com Roberto Burle Marx e logo em seguida, nos anos 50, participou dos movimentos concretista e neoconcretista, ao lado de Ferreira Gullar, Ivan Serpa e outros. Em Paris, estudou com Léger e Arpad Szenes, e em 1952 realizou sua primeira individual no Instituto Endoplástico. Ainda em Paris, foi professora na Sorbonne de 1970 a 1975. De volta ao Brasil, entre 1978 e 1985 realizou terapia individual com objetos relacionais. Em 1980 foi nomeada Acadêmica da Itália, pelo conjunto de obra. Realizou numerosas exposições individuais no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Na Bienal de São Paulo, obteve o prêmio de melhor escultor nacional em 1961 e teve sala especial em 1963 e 1994. Em 1968, teve sala especial também na Bienal de Veneza. Retrospectivas recentes de sua obra: Fundação Tàpies, Barcelona (1997), Paço Imperial, Rio de Janeiro (1998/1999) e Dan Galeria, São Paulo (2004). Para Ferreira Gullar, Lygia Clark “enfrentou o quadro não mais como um apoio para a representação, mas como um objeto símbolo. Inverteu-lhe as relações – estendeu a cor até a moldura, pôs a moldura dentro dele – mudou-lhe a natureza e o sentido. Limpou-o das conotações antigas e o trouxe de volta à percepção impregnado de outra dinâmica, de outros propósitos.